O laço! Uma prática enraizada na cultura rural, continua a ser uma paixão por muitos na região. Leandro Mandrik Pereira, um dedicado laçador natural de Campo Erê, é um exemplo vivo dessa tradição.
Leandro, um experiente laçador natural de Campo Erê, compartilhou detalhes sobre sua trajetória e paixão pelo laço, um gosto que iniciou ainda na infância. Aos 10 anos, Leandro começou a laçar influenciado pelo seu pai, que trabalhava em uma fazenda. “A paixão pelo laço começou criança” relembra ele. “Trabalhei até os 15 anos na fazenda e comecei a laçar os rodeios, o que só aumentou meu amor pelo esporte”.
Embora atualmente resida em Marmeleiro, Leandro continua trabalhando e participando ativamente de competições em Campo Erê. Ele recorda com orgulho sua primeira competição, realizada em Anchieta, onde conquistou o primeiro lugar na categoria Laço Piá. “Hoje, a exigência é maior, com cavalos e laços de qualidade”, comenta sobre as mudanças no cenário das competições ao longo dos anos.
O laço hoje é considerado um esporte caro, demanda de um investimento significativo. “Tem rodeios que custam de R$ 500 a R$ 2.000”, explica Leandro. “Além dos custos das inscrições, há despesas com alimentação e cuidado com o cavalo”. Esses cuidados são essenciais para manter os animais em boas condições físicas, com dietas específicas e atividades regulares.
Leandro também destaca a importância dos treinos para alcançar o sucesso nas competições. "Treino duas a três vezes por semana, com vaca mecânica e boi", afirma. A dedicação é necessária para enfrentar desafios como o boi-bardoso, um dos aspectos mais difíceis do laço.
Ao longo de sua carreira, Leandro acumulou diversos troféus e prêmios, fruto de sua dedicação e paixão pelo esporte. Junto com seu irmão, que também compete, ele continua participando de rodeios e mantendo viva a tradição do laço em sua família e comunidade.
"Para se tornar um campeão, é preciso treinar quase todos os dias", conclui Leandro, ressaltando a necessidade de equilíbrio entre o esporte e a vida familiar. Apesar dos desafios, sua paixão pelo laço permanece inabalável, inspirando novas gerações de laçadores em Campo Erê e região.