Luane Diehl Na maioria das propriedades rurais da região Extremo Oeste, a produção de arroz já foi eliminada do planejamento das famílias há alguns anos. A necessidade de chuvas para obter bons resultados no cultivo é um dos desafios enfrentados pelos agricultores que apostam no cereal.
Mas, mesmo assim, poder plantar, colher e consumir um alimento produzido na própria terra é um desejo de muitas pessoas preocupadas em adotar uma alimentação mais saudável.
O agricultor Dário Kober, juntamente com a esposa Rosane e filhos Tailan, Bruno, Luan e Bianca, tem no plantio de arroz muito mais do que um alimento essencial nas refeições, mas também uma tradição que buscam continuar mantendo ao longo dos próximos anos.
A família, residente na La. Santa Fé Alta/Itapiranga, possui como atividades principais da propriedade a suinocultura e bovinocultura de leite. Há cerca de 3 anos, voltaram a cultivar o arroz em sua terra, depois de um longo período de pausa na produção.
O destino do cereal na propriedade é principalmente para o consumo próprio, mas, conforme eles relatam, com frequência pessoas entram em contato para comercializar o grão.
Na safra deste ano, Dario e família plantam cerca de nove quilos de arroz. O cultivo rendeu mais de um saco por quilo. “A ideia é aumentar a quantidade de plantio nas próximas safras, pois é um produto que não precisa de muitos cuidados, se o clima favorece a colheita vem por conta. Comparado com outras culturas, a produção de arroz é bem mais simples”, informa Rosane.
O sucesso da colheita depende das condições do clima. “A falta de umidade pode dificultar todo o processo e resultar em uma safra malsucedida. O arroz sempre precisa de chuva. Quando estiver florescendo e não chover em cinco a seis dias, já terá perdas significativas”, pontua Dário.
Em Santa Catarina o período ideal para o plantio, de acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), é entre 11 de agosto a 10 de janeiro. Cabe ao agricultor fazer um planejamento para o plantio de acordo com o zoneamento da sua região e ciclo da planta.
Alguns outros cuidados durante o plantio e toda a safra também podem resultar em maior produção. Conforme a Embrapa, o potencial genético da planta é responsável por 50% do rendimento final da lavoura e é fundamental escolher a cultivar adequada para o tipo de sistema de plantio, região e solo. Essa decisão pode determinar o sucesso ou fracasso da plantação de arroz, além de evitar quebra de safra.
Outro cuidado muito importante no manejo da produção de arroz, destacado pela família Kober, é a limpeza da plantação. O manejo na entressafra é vital para o controle de plantas daninhas. A rotação de culturas também gera um diferencial na produção. Soja e milho são as mais utilizadas em sistema de rotação com plantação de arroz.
Além disso, é necessário planejar bem a safra para que a época de colheita não coincida com época de chuvas. “Como estamos em fase de teste para ver como fica melhor, na colheita desse ano optamos em utilizar uma máquina (colheitadeira ceifa). Em geral, o resultado foi positivo, mas para a próxima colheita precisamos fazer alguns ajustes na ceifa para melhorar ainda mais o desempenho”, informa Rosane.
Neste ano safra, do plantio até a colheita levou em torno de três meses na propriedade de Dário e Rosane. O tempo que a plantação de arroz demora do depende da época e local de semeadura, além do ciclo da cultivar. Grupos de maturação: super-precoce (menos de 100 dias); precoce (até 120 dias); médio (120 a 135 dias); semi-tardio (135 a 150 dias); tardio (mais de 150 dias).
Arroz colhido na propriedade: muito mais saboroso e nutritivo Ele pode ser utilizado da forma tradicional, mas também na galinhada, no carreteiro e em bolinhos. Em comparação com o comprado em indústrias, o arroz colhido na propriedade leva um pouco mais de tempo no cozimento e não fica tão solto. Mas nada disso tira o gosto em saborear um alimento colhido na própria terra.
O grão é um forte aliado da saúde, pois ajuda na prevenção de doenças e na reposição de energia. É uma excelente fonte de carboidratos, proteínas, vitaminas do complexo B e minerais como ferro, zinco e fósforo.
Este grão ajuda a melhorar a saúde cardiovascular. Por ter um baixo nível de gordura saturada e colesterol, ele reduz o risco de doenças cardíacas. É um alimento fácil de digerir, sendo muitas vezes recomendado para pessoas com problemas digestivos. Por ser rico em fibras, ele ajuda a regular o trânsito intestinal e prevenir a constipação.
É um alimento de baixo índice glicêmico, o que significa que ele é digerido lentamente e não causa picos de açúcar no sangue. Isso o torna o grão uma excelente escolha para pessoas com diabetes ou em risco de desenvolver diabetes.
O arroz pode ser uma excelente escolha para pessoas que desejam perder peso. Ele tem um baixo nível de gorduras saturadas e colesterol, sendo uma fonte de carboidratos complexos.